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sexta-feira, 24 de maio de 2013

ELES VENCERAM!

E eu nem sei porque estou rindo. Choveu canivete, entortei o nariz
(bêbado), num tombo imbecil qualquer, comas alcoólicos ocorridos
dentro de uma determinada periodicidade, o caos comendo solto e essa
merda toda. Já escrevi sobre tudo isso em textos anteriores deste
blogue, até pus colaboradores, mas estes se mostraram com menos saco
do que eu para alimentar essa pocilga.

Na história de toda a humanidade, não sei de povo algum que tenha
conseguido deter os hunos, e é justamente sobre isso que escrevi neste
blogue, seja através da ficção ou não, todos nós temos os nossos
próprios hunos, coisas com as quais não conseguimos lidar.
Continuarei cortando os impulsos e dando os meus butinaços por aí, a
prosa nunca foi o meu forte e agora há uma voz alta e clara, a mesma
de sempre, anunciando o que eu queria ignorar.

Eles, os hunos, venceram.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Carta

É, Júlio, tu não é mais nenhum guri, com teus 25 anos e estes fios de cabelo branco na cabeça, tua aparência é de trinta e poucos, rabugento como um velho de 60, tarado como um rapaz de 15.

Esses teus escritos não te levarão a lugar nenhum, tu tá te afundando, cara, precisando se emboletar e beber para lidar com as pessoas, as mulheres não te aguentam por muito tempo, tu continua agindo por impulso, apostando tudo e perdendo tudo, se jogando contra as paredes, amanhecendo na rua.

Teu último coma alcoólico foi o pior de todos, o oitavo, se bem me lembro, e nem quero me lembrar disso. Tu me envergonha, cara. Não quero ser escritor quando crescer.

ass: teu filho

O pior de todos os hunos

Estraguei tudo. De novo. Como sempre.
Sempre tive meus hunos, coisas externas com as quais não conseguia lidar, reter, deter, minha estadia nesse mundo tem sido uma sequência ininterrupta de fracassos e tropeços, com breves lampejos de vanglória.

Surtei nesse quartinho de merda, uma barganha atrás de outra, com medo da solidão à qual já deveria estar acostumado.

Hoje sou meu próprio huno, esse eu conheço muito bem, o que dificulta ainda mais, pois qualquer coisa que eu possa vir a fazer contra, será para eliminar a mim mesmo.
Por essa eu não esperava.

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

     O Perdedor



Ainda consigo ver os fatos
acontecendo de forma tão nítida,
que em certos momentos
 a dor chega a ser latejante.

Vivo,
respiro,
e enxergo
tudo a minha volta.
E isso basta para compreender
o quanto a vida é
medíocre e barata.

Ela usa todas as energias
ao longo da existência,
e descarta como
uma puta qualquer.

No final tudo é perda,
perde-se quando ganha.
Tudo esvai-se com rapidez.

A realidade é tão cretina,
e a emergência em sentir-se alegre
é tão precisa
quanto o sangue correndo e
espalhando-se dentro do corpo.

A busca por algo recompensador
surge a cada segundo,
precisa-se ser feliz,
completo,
de tudo disposto.

Ganhadores,
vencedores,
detentos da verdade,
completos,
o tudo.

E no fim,
o nada.
Nada além que carne e ossos,
corpos andantes,
em busca da perfeição.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012


Brindemos a morte enquanto vivos estamos, respeitando aqueles que já não brindam e estão a sete palmos de terra. Que a vida seja aproveitada como um passeio na floresta, aguardando seu desfecho onde o fim de outro inicio se começa.

Os copos se chocam.