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sexta-feira, 15 de junho de 2012

Sem volta

- De um certo ponto adiante não há mais retorno. Esse é o ponto que deve ser alcançado - disse o maltrapilho barbudo que mijava na parada de ônibus enquanto eu passava. Não dava pra se enchergar nada que estivesse a 5m de mim, por causa do nevoeiro, mas aquelas caminhadas noturnas ajudavam a pensar, colocar tudo em ordem e achar uma saída desse maldito labirinto que todos nós criamos, talvez de propósito, dentro de nossas cabeças. Aquele sujeito estava certo (também pudera, a frase pertencia à Kafka), no entanto a única coisa que eu sabia é que eu era um cretino incorrigível e não havia retorno. O nevoeiro ficava mais denso e de novo eu me via aguentando as consequencias de meus próprios atos.
O juiz já bateu o martelo, cara.
Culpado.

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