O Perdedor
Ainda consigo ver os fatos
acontecendo de forma tão nítida,
que em certos momentos
a dor chega a ser latejante.
Vivo,
respiro,
e enxergo
tudo a minha volta.
E isso basta para compreender
o quanto a vida é
medíocre e barata.
Ela usa todas as energias
ao longo da existência,
e descarta como
uma puta qualquer.
No final tudo é perda,
perde-se quando ganha.
Tudo esvai-se com rapidez.
A realidade é tão cretina,
e a emergência em sentir-se alegre
é tão precisa
quanto o sangue correndo e
espalhando-se dentro do corpo.
A busca por algo recompensador
surge a cada segundo,
precisa-se ser feliz,
completo,
de tudo disposto.
Ganhadores,
vencedores,
detentos da verdade,
completos,
o tudo.
E no fim,
o nada.
Nada além que carne e ossos,
corpos andantes,
em busca da perfeição.
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sexta-feira, 30 de novembro de 2012
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