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quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Carta

É, Júlio, tu não é mais nenhum guri, com teus 25 anos e estes fios de cabelo branco na cabeça, tua aparência é de trinta e poucos, rabugento como um velho de 60, tarado como um rapaz de 15.

Esses teus escritos não te levarão a lugar nenhum, tu tá te afundando, cara, precisando se emboletar e beber para lidar com as pessoas, as mulheres não te aguentam por muito tempo, tu continua agindo por impulso, apostando tudo e perdendo tudo, se jogando contra as paredes, amanhecendo na rua.

Teu último coma alcoólico foi o pior de todos, o oitavo, se bem me lembro, e nem quero me lembrar disso. Tu me envergonha, cara. Não quero ser escritor quando crescer.

ass: teu filho

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